No fim da tarde,
já quase anoitecendo,
voltei para vê-la.
Na sala, Eliane,
acompanhante das noites,
perguntada informou:
-“Está passando bem.
Tomou uma canjinha e disse
que ia deitar um pouco.
Ainda não deve ter dormido”.
Entrei no quarto
já escurecido.
Estava deitada,
coberta com uma colcha.
Toquei suavemente em seus pés.
-“O que aconteceu?
Que confusão é esta?
É noite ou é dia?”
Mãe... está anoitecendo.
Você tomou uma canjinha,
veio tirar um cochilo.
-“É verdade...tomei uma canja”.
Você não esteve bem
na noite passada.
Não dormiu quase nada.
Deve estar cansada.
“ É isso. Já lembrei,
vou dormir.
Antes de ir, acenda a luz.
Quero te ver”.
Enquanto acendia a luz, brinquei:
Está cansada
de me ver,
de me ver,
sabe que não vai
ver grande coisa.
ver grande coisa.
-“ Como não?
Você é o maior,
é o maior dos maiores.
você é o meu filhão”.
Disse-lhe, já com dificuldades:
Agora vou apagar a luz.
Durma com Deus.
Socorri-me da escuridão
para esconder-lhe as lágrimas
que já não era possível conter.
Na minha adolescência, sobretudo, sempre fui um "pé de valsa". Os meus amigos sabem disso. O que não sabem é que foi ela quem me ensinou a dançar.
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