segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ESTAÇÕES DA VIDA


           


Se é feliz,
embora escusado,
é o que questiona,
o que a enrudece.

Tem marido,
filhos,
é dona de lar.

Mas...
e a frincha
imperceptível
ao alheio,
por onde esvaece ?

Protagoniza um papel
que não é o sonhado,
é o que o “script”
lhe apresenta.

O ansiado,
o que a emociona,
o que a faz vibrar,
inflar,
está ao seu lado,
quase  junto,
mas...
em outra estação.

Tão perto,
tão distante.


É fatalidade
que amordaça,
que a enraíza
na clausura
do alternar
das estações.