No início era Sonia Helena da Rocha,
a Soninha da Dona Hilda, do seu Lourival.
Depois foi Sonia Helena Mansur,
a Soninha do Flavio Mansur,
a mãe do Marcelo, da Fernanda.
A menção às “crianças” me leva
à “Casa da Dona Irene”,
mãe de toda uma geração,
onde quase que diariamente,
durante infância e adolescência,
bati ponto procurando o Flávio.
A vida que provoca
encantadoras aproximações,
é a mesma que afasta
sem maiores explicações.
Nos últimos cinquenta anos,
nunca fui à casa do amigo,
nem ele a minha.
Passa tão rápido o tempo,
que não nos damos conta de nada.
Em um átimo, setentões.
Atam-se nós,
desatam-se nós.
Que corda bamba!
Não passaram e não passarão,
a lembrança do convívio,
a admiração crescente,
a alegria dos encontros,
a imagem forte,
gravada na mente,
como amorosa tatuagem,
do sorriso bonito da Soninha.