"Espelho, espelho meu".
"Existe alguém mais bonito do que eu"?
É objeto mágico, o mais mágico entre todos.
Já nem falo dos espelhos dos contos de fada.
Falo
do espelho comum,
do espelho do dia-a-dia,
do espelho do dia-a-dia,
do espelho do seu guarda-roupas,
do
seu armário de banheiro.
Falo da lâmina de vidro,
metalizada em seu lado posterior,
metalizada em seu lado posterior,
e cuja face anterior reflete a nossa imagem.
Como
é generoso,
como é mágico o espelho no qual nos vemos,
desde a mais tenra idade e onde estamos,
apesar das décadas passadas,
como é mágico o espelho no qual nos vemos,
desde a mais tenra idade e onde estamos,
apesar das décadas passadas,
sempre
jovens e bonitos.
Se
há discrepâncias, se algo não nos agrada,
um movimento da cabeça, um ângulo
mais favorável,
e pronto: lá estamos nós, bonitos, jovens.
É
um objeto mágico que me faz muito feliz
e
ao qual sou infinitamente grato.
Penso que, tão generoso quanto o espelho,
só os nossos amigos do "face":
"Linda...Poderosa...Gata...Maravilhosa"
"Linda...Poderosa...Gata...Maravilhosa"
Já as
fotos...meu Deus do céu!
Livre-me
e poupe-me das fotos.
É impiedosa, carrasco que
exibe,
sem nenhum retoque, sem carinho,
sem
generosidade, sem dó nem clemência,
o
que nos surpreende e agride,
e o que não aceitamos seja a nossa imagem.
Resta-nos,
graças a Deus,
um salvador e instantâneo recurso:
deleta...deleta...deleta.