Se é feliz,
embora escusado,
é o que questiona,
o que a enrudece.
Tem marido,
filhos,
é dona de lar.
Mas...
e a frincha
imperceptível
ao alheio,
por onde esvaece ?
Protagoniza um papel
que não é o sonhado,
é o que o “script”
lhe apresenta.
O ansiado,
o que a emociona,
o que a faz vibrar,
inflar,
está ao seu lado,
quase junto,
mas...
em outra estação.
Tão perto,
tão distante.
É fatalidade
que amordaça,
que a enraíza
na clausura
do alternar
das estações.
O poema “ESTAÇÕES DA VIDA” é para Hira Cerqueira, embora consciente dos riscos que corro, por sabê-la conhecedora dos meandros, das corredeiras e dos igarapés da poesia.
ResponderExcluirHira é maravilhosa.Merece esta dedicação.Eu amei tudo:o poema e a homenageada.
ResponderExcluirLindo, lindo! Minha tia querida é uma mulher maravilhosa que amo demais!
ResponderExcluirO “ESTAÇÕES DA VIDA” é um poema que retrata a “angustia humana” de ter que viver um personagem que não é exatamente o desejado. Vive-se, na esperança do “algo mais”, uma normalidade e uma felicidade fictícias que fazem com que a vida, como o humor, se alternem dentro de possibilidades possíveis. É um drama muito mais comum do que se pode imaginar
ResponderExcluirLindo e profundo...abissal mesmo...Parabéns ao poeta e à Hira GUERREIRA.Qualquer coisa que se diga a mais é tergiversar..Tá tudo ali nas linhas,entrelinhas e nas veias-rios do coração.bjkas kósmikas nos dois.
ResponderExcluirEste foi mais longe. Aborda o silêncio da alma...e atinge uma grande parcela da humanidade.
ResponderExcluirOlhe,Orlando,chorei...A emoção aflorou e não resisti!Lindíssima homenagem.
ResponderExcluir