quinta-feira, 28 de novembro de 2013

EGO


                                                 Para o amigo Antônio Florêncio de Queiróz Júnior,
                                                 sinônimo de solicitude, de mansuetude, antítese da
                                                 personagem retratada no poema "EGO"


Enclausurado
em suas ausências
de senso e cultura,
vê, em tudo o que
não é reflexo,
linhas tortas,
discrepâncias,
anomalias.

Queixo semi ereto,
olhar que se reputa,
eterno sorriso esboçado,
parece entender 
nossa pequenice,
acatar 
nossa incivilidade.

Olha para o umbigo 
deificado,
apieda-se de todos nós
e, magnânimo, 
acredito,
acho até que nos perdoa. 

2 comentários:

  1. O "EGO", no "arroz com feijão" é o responsável por permitir que nossos desejos, sempre infinitos e infindáveis,levem em consideração o nosso semelhante. É meio "inconsciente" e, em meu pensar, supera, em importância, o bolso como a parte mais sensível do ser humano. O poema "EGO" foi o texto mais difícil que redigi.

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  2. Shirley G. Viana - "Será que perdoa? Não creio! Só os humildes conhecem o perdão. Estes, que "se acham, que se entendem como 'o cara' ", do alto de sua "superioridade", no máximo, nos concede o beneplácito da existência. É assim que os "seres superiores" se relacionam com os "reles mortais". Seu poema, Orlando Pimentel, desnuda a alma dos prepotentes, nos mostra a face da prepotência. Excelente, como sempre!"

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