Para minha irmã Cybele
O portão da casa da minha
mãe,
quando abrindo ou fechando,
faz um rangido que
funciona como um alerta.
faz um rangido que
funciona como um alerta.
Penso que isso a trouxe
para a varanda
para a varanda
enquanto eu ainda subia a escada.
Expressão muito aflita,
foi logo falando:
foi logo falando:
“- Graças a Deus que você
chegou!
Não quero mais ficar neste
lugar.
Quero ir para a minha casa”.
Subi calado até o último
degrau.
Beijei-a,
envolvi-a em meus braços
envolvi-a em meus braços
e fui conduzindo-a
para o interior da casa.
para o interior da casa.
Na sala, em um canto,
emoldurado,
há uma fotografia
de Rosemar Pimentel.
de Rosemar Pimentel.
Apontando para o quadro,
perguntei-lhe:
perguntei-lhe:
Mary Joe, quem é aquele ali
no quadro?
“Ah! é o meu querido marido,
o Rosemar Pimentel.
o Rosemar Pimentel.
Fomos muito felizes.
Era um ótimo homem.
Era um ótimo homem.
Dei muita sorte.
Sempre vivi bem cercada.
Sempre vivi bem cercada.
Deus só botou gente
muito boa ao meu lado.
muito boa ao meu lado.
Veja... você e a Cybele.
Filhos maravilhosos.
Filhos maravilhosos.
Perguntei-lhe:
e a Cybele, como está?
e a Cybele, como está?
-“Ótima,
esteve aqui cedo,
abastecendo a casa.
esteve aqui cedo,
abastecendo a casa.
Trouxe estas tangerinas”.
Da fruteira,
em cima da mesa,
retirou duas.
em cima da mesa,
retirou duas.
-“Para você e para mim.
Você vai gostar”.
Você vai gostar”.
Comi a tangerina
olhando e sorrindo para ela.
olhando e sorrindo para ela.
Terminando, disse-lhe:
Estou com sono.
Estou com sono.
“Tire uma soneca
ali no meu quarto.
ali no meu quarto.
Vou puxar a cortina
para fazer escurinho”.
Mary Joe já havia voltado para a sua casa.
para fazer escurinho”.
Mary Joe já havia voltado para a sua casa.
É preciso muito amor para lidar com
ResponderExcluiras coisas inevitáveis da vida.
Parabéns pela forma amorosa com que vcs lidam
com a querida Mary Joe.
É mais uma história de minha querida mãe.
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