sexta-feira, 12 de julho de 2013

COLO DE MÃE



Que brinquem no céu de roda,
o sol, a lua, as estrelas
e outros quaisquer astros
que motivos tenham para brincar.

A Terra, não.
Que se mantenha alheia, apartada.
Que se limite a translação e a rotação.

Que se mantenha condenada
a mais desesperadora 
e imutável solidão.

Que tenha por alívio, 
no máximo,
como eu nesta calçada, 
o direito de
sentar-se na Via Láctea 
e se por a chorar.

Um comentário:

  1. A fotografia retrata bem a miséria humana.Faltam carinho, afeto, proteção e que me perdoem, mas falta, sobretudo, a mão de Deus.

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