O poeta,
sempre
mais sensibilidade
do
que razão,
quando
exacerbado
em
seu mundo,
e
o chilrar de um sabiá,
no
início da primavera
pode provocar o fenômeno,
é
capaz de tudo,
até
de se postar de Deus.
Feita
a faxina cósmica,
não
satisfeito,
vai
jardinando a natureza
até
constatar,
num
repente de lucidez,
provocada
por pedra no caminho,
a
impossibilidade da possibilidade.
Aí,
só lhe resta,
como
a todos nós,
os
“sem eira nem beira”,
sentar-se
na Via Láctea,
e
se por a chorar.
Núbia Nonato escreveu: -"Não vou discorrer sobre o poema, seria uma heresia destrinchá-lo, e com reverências aplaudo."
ResponderExcluirMaria Vera escreveu: -"OBRIGADA,ORLANDO POR TAMANHA RIQUEZA.."
ResponderExcluirMaria Célia Marques escreveu: -"Derramando palavras, que escorrem pela tinta da caneta no branco do papel, vão se formando frases cantadas como o chilrear do sabiá que ainda teima em cantar enquanto primavera é. Como deuses e deusas, faxinando nuvens cinza, espanando a poeira cósmica, limpando a sujeira no céu da boca estrelada depois de um dia de sol, descansa. Amanhece no jardim, regam as palavras soltas para brotar frases. Além das pedras do caminho, diante da impossibilidade da possibilidade da satisfação, os “sem eira nem beira” acampam na grama. Extasiados, só lhes resta a via láctea em flor. Suspiram e agradecem!"
ResponderExcluirMaria alice De Toledo Gaspar escreveu: -"Que dizer após o comentário/poema de Maria Célia Marques..." Aí, só lhe resta,como a todos nós,os “sem eira nem beira”, sentar-se na Via Láctea,e se por a chorar.... Assim me sinto! Bravo, Orlando!"
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