O poema é condensado da obra "O marido pródigo" de Guimarães Rosa.
A
vida é amasiada com Salãthiel,
que tem sempre a postura de quem
esta
recebendo ovação.
Esperto, sabe como ninguém,
entre muitas outras coisas,
entre muitas outras coisas,
que
quando um cavalo
começa a aparecer mais comprido
começa a aparecer mais comprido
é
que o arreio está saindo para trás,
com
o respectivo cavalheiro.
Sabe que ninguém manda em coração,
e
por isso, não se deve ficar adiante de boi,
nem
atrás de burro, nem
perto de mulher.
A estrada do amor,a gente já está mesmo nela,
desde
que não pergunte por
direção nem destino.
A
casa do amor,em cuja porta
não se bate nem se espera
não se bate nem se espera
fica
um pouco mais adiante.
O poema "AJUNTADOS DE SAGARANA" é literalmente o que o título do texto expressa. Para mais precisão informo que os "apanhados" encontram-se em "A volta do marido pródigo" e em "Minha gente" na edição 71 de SAGARANA de João Guimarães Rosa.
ResponderExcluirMaria Célia Marques escreveu: -" “E ela, a casa do amor, apresenta uma propriedade notável - em sua porta não se bate nem se espera. Ela abre sozinha, e abre pronto, sem delongas, se tiver que abrir. Mas, se não tiver, ela não abre mesmo, e de nada adianta bater, nem ficar esperando”
ResponderExcluirSalãthiel tem o sal da vida em suas prosas, vive o dia a dia e zomba da amargura. Elemento como ele nos inspira e nos alegra. Salãthiel é o maior!
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