“Causa mortis”: chuva.
Água demais
água de menos.
água de menos.
Dois extremos
e um final comum:
e um final comum:
morte no norte,
morte no sul.
morte no sul.
Veste-se o assassino de fome,
Dão-lhe o nome
de subnutrição.
de subnutrição.
Mentira!
Se o que se planta
morre de sede
Se o que se planta
morre de sede
e o plantador
morre de fome,
morre de fome,
por que se acoberta
a falta da chuva
a falta da chuva
no extermínio
de tantos irmãos?
de tantos irmãos?
Disfarça-se
o assassino de lama,
o assassino de lama,
de pedras roladas
de prédios no chão.
de prédios no chão.
Nada disso haveria
se o que é excesso no sul
não fosse escassez
constante no sertão.
constante no sertão.
Que o povo inteiro
uníssono,
na esperança última,
faça nova oração.
faça nova oração.
Que se peça
mais igualdade,
que seja mais humana
a distribuição.
a distribuição.
...Quero cantar só para as pessoas fracas
ResponderExcluirQue tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem...
Blues da Piedade - Cazuza
O Nordeste vive neste ano uma seca de intensidade e duração até então desconhecidas em sua história de secas constantes. Nossa Região Serrana conheceu, recentemente o "inferno" com a chuva que rolou pedras e colocou prédios no chão. Clique.
ResponderExcluirÉ um poema súplica, quase uma oração. Penso ser Miriam Monteiro a pessoa certa para prestigiá-lo.
ResponderExcluirAdorei!Muito lindo mesmo.È uma prece.È o clamor pela igualdade.Realmente a Miryam Monteiro é a pessoa certa para prestigiá-lo.Parabéns!
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