Certo dia,
aborrecido com o mundo,
o homem,
sem ligar à ética e à estética,
disse tudo;
o que podia e o que não devia.
Depois chorou,
chorou convulsivamente
toda a dor que nunca chorara.
Seu pranto era tanto
e tão forte que,
e tão forte que,
rolando face abaixo,
encharcava-lhe a roupa,
acumulava-se a seus pés.
Por treze anos o homem chorou.
Afogando-se em suas
próprias lágrimas,
próprias lágrimas,
consciente da força
do seu pranto,
do seu pranto,
o homem, agora,
sorria vingado,
sorria vingado,
e a humanidade,
sob um imenso dilúvio,
chorava.
A força do "POVO NAS RUAS" foi o que quis descrever, metaforicamente e de maneira surrealista, em "O DILÚVIO".
ResponderExcluirCybele Pimentel Sá - " Oi, querido irmão. O texto está lindo. Não sei se conhece os textos de Marina Colasanti, mas o seu captou o estilo da escritora. Como fiz pós em Literatura infantil e juvenil, andei lendo muitos autores. Então, percebo os estilos dos grandes autores absorvidos pelos escritores de agora. É um elogio e tanto, assim como foi o do Mariano. Escrevi inbox com receio de os outros me acharem metida a crítica literária. Perdoe-me, pois e releve alguma coisa que não tenha apreciado no comentário sempre feito com o maior carinho. Bjs".
ResponderExcluirChorar, gritar, estufar o peito até arrebentar todas as chagas, contaminar
ResponderExcluiro outro nem que seja pelo desespero. Belo poema.