vá à luta que a vez é sua.
Olhe que a hora é única,
o tempo não para,
não há retorno
nem segunda vez.
nem segunda vez.
Agarre-se do jeito que der,
use as mãos,
os dentes,
os dentes,
as unhas, os pés.
Vá amarrotado,
no ônibus
roubado,
roubado,
na barca,
suado
suado
no trem,
apertado.
apertado.
Vá irmão.
Esqueça a sola furada,
a barriga que ronca,
o sono atrasado.
Ache força, irmão estudante,
nos que nunca tiveram vez.
Olhe o irmão nordestino
que nunca teve sola,
cuja barriga não ronca,
trovoa
e que tem com atraso,
não o sono,
mas a vida.
Portinari, na infância, usava sapatos furados porque não os tinha. Ficou como marca na sua pintura.
ResponderExcluirCândido Portinari - "pintor dos pés grandes", em alusão às formas de seus personagens. Impressionavam-me os pés dos trabalhadores das fazendas de café. Pés disformes. Pés que podem contar uma história. Pés que só os santos têm, defende-se Portinari.
E assim descobre a vida e constrói um futuro.
ResponderExcluirTerminava-se o "científico", deixava-se a "terrinha" para tentar-se o "famigerado" vestibular. Na Faculdade, uma profissão. Em paralelo,no dia a dia, aprendia-se a viver.
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