segunda-feira, 21 de abril de 2014

A SAÍDA DE ITABIRA



                                                                                    Para Shirley G. Viana


A pedra
do caminho
é Itabira,
agrilhoada
ao coração.

É a cruz
arrastada
em calvário
Drummondiano.

A pedra é
de ferro.

A pedra é
querência.

A pedra
é a dor
de quem saiu
sem ter saído.


Itabira venceu.

6 comentários:

  1. Quando invadimos a “casa” de Drummond, refiro-me a casa de Itabira, onde o poeta nasceu, entendemos a importância da cidade natal na vida do poeta. Com o poema “A SAÍDA DE ITABIRA” dou versão para “A pedra no caminho”.

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  2. Shirley G. Viana - "Orlando Pimentel, não sei que associações o levaram a me dedicar esse belo poema, decididamente, para certas intuições não há explicação mesmo. Pois eu lhe digo, você acertou em cheio: o seu poema "A SAÍDA DE ITABIRA", abriu-me a porteira da saudade. Sim, também trago a minha "pedra
    do caminho... agrilhoada ao coração". É pedra de ferro, é querência, muita querência! Não é Itabira, mas poderia ser, porque, em Minas, mudam os nomes, mas o cenário é o mesmo. Só posso lhe dizer que, em mim, Minas venceu! Sem dor, "sai sem ter saído", porque um coração nunca esquece o lugar onde conhece a felicidade. Obrigada, pelo poema e pelas doces recordações que me vieram em cascata!"

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Cara shyrlei G. Viana: Acabo de constatar, para minha alegria, o poema "A SAÍDA DE ITABIRA" que dediquei a você, na WEB. Confira. Digite no google : O POEMA ITABIRA. Na página 1 que é a primeira, a décima primeira citação que se inicia com: " quando invade-se a casa de Drummond" é o nosso poema. Clique e veja o poema e o seu comentário. Forte abraço e Feliz 2015.

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  5. Shyrley G. Viana escreveu: -"Obrigada, Orlando Pimentel, pela indicação da referência. Muito me alegra também saber que o "nosso" poema ,- seu por autoria e meu pelas ressonâncias que em mim produziram -, merecidamente, ganhou o mundo, e viaja nesse "mundão sem porteira" que é a Web! E, assim, os sentimentos recônditos da alma do poeta recende em nós a essência de belas emoções vividas que nos revivificam. Decididamente, "quando se invade a casa de Drummont", ou de Orlando, poetas que sempre visito, penetra-se na morada das emoções: o coração. Em 2015, quero continuar invadindo a casa de Orlando Pimentel! Feliz Ano Novo!"

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  6. Maria Alice De Oliveira Toledo escreveu: --" Belíssimo o poema!!!! Ontem tentei comentar no blog...como sempre... pedra é ferro, é querência, é Itabira agrilhoada ao coração...pedra é saudade, é ternura é encontrar no peito a marca da saudade de quem saiu sem ter saído...todos temos uma pedra...essa pedra na qual gravamos as marcas da vida. Lindo e comovente... parabéns, Orlando Pimentel!!! Aplaudo de pé!!!!

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