Quando as lâmpadas se apagaram,
ficaram apenas luzes de velas.
A guitarra portuguesa
bramiu o acorde.
O vozeirão da fadista
emudeceu e encantou
o VELHO PÁTEO DE SANT'ANA:
“De quem eu gosto...nem as paredes confesso”
Viajou para uma floresta
(terá sido o vinho?),
(terá sido o vinho?),
viu-se diante de um Sobreiro,
árvore irmã dos Carvalhos.
Os galhos eram braços abertos
sem a esperança do abraço.
Os cortes,
para a extração da cortiça,
para a extração da cortiça,
lábios semiabertos
para o nada.
para o nada.
Os aplausos
o devolveram para a sala.
o devolveram para a sala.
Na taça,
a superfície do vinho tinto
ondulou.
Foi o cair silencioso,
solitário,
de uma lágrima,
parte ínfima de pranto contido que,
imprudente rolou.
imprudente rolou.
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