Passa o tempo
e o espelho me mostra,
sem nenhum retoque
o sexagenário.
Passam as pessoas,
ausências sentidas
distâncias ressentidas,
coisas do coração.
Não passa a amizade,
forjada em aço inoxidável,
protegida por bainha,
guardada em
esconderijo
longe de mãos descuidadas.
Passa o tempo,
passam as pessoas.
Não passam,
apesar da inclemência do espelho,
as coisas do coração
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