domingo, 15 de setembro de 2013

AMIGO, CAMARADA E IRMÃO



                                                                                    Para o amigo e mestre Henrique Nora

A teoria da relatividade
esteve presente todo o tempo.

Antecipou a viagem.
Queria a certeza de que
chegaria na hora certa.
Não chegou.

O cinto de segurança
estava afivelado,
o "air bag" abriu.
Não protegeram.

A presença do neurocirurgião
no atendimento de emergência,
 o êxito na remoção para outro hospital,
não impediram
que quase anoitecendo,
o telefone tocasse para,
com delicadeza,
informar que o
Henriquinho
havia se encantado.

Era o que se previa.
Questão, apenas, de tempo:
uma hora,
um dia,
uma semana.

Volta-se a relatividade
ou ao Rauzito;
"o melhor pode ser o pior".

Doído
é a impotência
diante do fato,
o convívio
com a saudade:
um mês,
um ano,
uma vida.


Em meu celular,
seu número vai ficar,
embora saiba,
profundamente irritado
e tristíssimo, que,
também,
não vai adiantar nada.

4 comentários:

  1. Perdemos o mais barrense entre os barrenses. Henriquinho encantou-se.








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  2. Merecida e comovente homenagem.Era um homem íntegro e generoso.Deu-me muito apoio no Conselho Tutelar.Grande parceiro nas causas sociais.

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  3. Olá!

    Linda e pertinente homenagem ao meu querido Tio Henrique, irmão de minha mãe. Obrigada mesmo.

    Um abraço,

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  4. A beleza da homenagem prova a grandeza do homenageado.

    Meu amigo, conselheiro e "padrinho" fará muita falta.

    Roberto Monzo

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