terça-feira, 8 de outubro de 2013

DESLIAR




                                       Para Tatiana e Mariano


Viver é 
desatar nós.

 Vencedor
não é
quem os desune
com mais 
velocidade,
em maior número.

O desmanchar exige
habilidade, 
mais ainda;
sensatez.

Desembaraçar
sem esgarçar.

Algumas vezes,
apenas afrouxar.

Outras, 
 astúcia é 
não ser o
desfazedor.





2 comentários:

  1. Rosa achava que "Viver é muito perigoso". Mary Joe já disse que "nós somos o perigo. Em "DESLIAR", que dedico a Tatiana e a Mariano (pelo carinho e pela paciência), palpito também.

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  2. Maria Célia Marques escreveu: -"Quando vou aos supermercados ou ao hortifruti peço ao empacotador para não apertar os nós ao amarrar os sacos de plástico porque depois terei que abrir, ou desatar os nós. Não gosto porque quebra minhas unhas que são fracas. O desmanchar sem esgarçar me lembra de muitas coisas. Primeiro da dona Carlinda que foi amiga de mamãe e até fez um Curso de Educação Física aqui no Caio Martins com ela. Com certeza foi amiga de Zezé também; a nossa Mary Joe. Dona Carlinda sugeria para nós, suas estudantes de educação física do Medianeira, a desembolar linhas de bordado quando estão emaranhadas. Dizia que era para nos acalmar. kkkkk Lembro também de aulas de bordado que tive com a Irmã Kleta. Mamãe detestava o avesso do trabalho mal feito e, além do mais, não podia dar nó, e tinha que dar uma volta com a agulha e a linha para evitar o nó que, para ela, era feio. Aí é que lembro de KANDINSKY: tudo começa num ponto. O ponto é um nó. O ponto é o silencio na escrita. O ponto é o início e o fim do bordado; o arremate. Quantas coisas o ponto representa e simboliza. Em homenagem ao seu maravilhoso poema, fiz minha resposta e comentário através do “NÓ”. Espero que aprecie. Abraço".

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